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 ALIANÇA COM DEUS 
Diante de Governadores e Reis

Diante de Governadores e Reis

Jesus tem que morrer, mas como pode ser morto? Matar Jesus? Matar o Verbo, ele que é Deus? Sem ser culpado de nenhum crime, ainda assim matá-lo? Com o poder do céu à sua disposição e o povo desesperado por um rei S ele que está cumprindo todas as Escrituras, como é possível matá-lo? Sim, ele morrerá, mas pretende dar a sua vida. A vida não lhe será tirada. Isso seria impossível.

Impossível por ser inocente. Jesus não tinha cometido nenhum crime. Contudo, não era o tipo de Messias que os líderes judaicos queriam. Ele era "raiz duma terra seca . . .". "Dai a César o que é de César" não era o conselho de nenhum rebelde. Ele era o Filho de Deus, não o homem deles. Se alguém cometeu algum crime aqui, foram os judeus por não reconhecerem o Messias das suas próprias Escrituras. A rejeição por parte deles era exatamente o que havia sido profetizado. Mas como poderia ser morto, uma vez que a lei judaica protegia os inocentes de várias formas?

Impossível em virtude do tempo. Já é quinta-feira à noite, e Jesus nem foi entregue à custódia deles. Ele está num jardim, orando com os discípulos ao ar livre. Levará dois dias para sentenciá-lo e executar um veredito de morte. Não haveria tempo suficiente antes do sábado.

Uma cruz. Um apedrejamento em secreto, à moda judaica, não seria satisfatório. Necessário era pendurar Jesus numa cruz. No entanto, isso implicaria outra dificuldade S o governador romano. Se os romanos o executassem diante do povo pareceria que até mesmo esses pagãos entendiam que Jesus deveria ser morto. O povo entenderia que ele não estava sendo morto apenas por inveja, quando vissem Pilatos executá-lo. A cruz era perfeita para essa morte, assim como era perfeita para o propósito eterno de Deus.

Seu poder. Mas como você manda prender um camarada que ressuscitou um morto sepultado já havia quatro dias? Como você ata as mãos daquele que conta com 72 mil anjos ansiosamente esperando para atender-lhe as ordens?

Era facilmente possível que seu poder se estendesse aos milhões de judeus em festa, armados o bastante e ansiosos por lutar. Pedro, manejando a espada, não representa, na verdade, nenhuma ameaça, mas as pessoas poderiam constituir um obstáculo tremendo. Também uma multidão em Nazaré não conseguiu detê-lo; os soldados que vão prendê-lo retornam, dizendo jamais terem ouvido alguém falar desse jeito; pessoas munidas de tochas caem por terra no jardim S todos mostrando ser impossível aquela prisão.

Diante dos sacerdotes. Anás mal pôde crer que Jesus esteja causando tamanho tumulto, a menos que seja decididamente para seu próprio benefício. Sua única idéia de poder era a do poder militar e político. O lucro era entendido sob o aspecto da popularidade e das riquezas. Então vemos esse sacerdote perguntando a Jesus o que ele realmente deseja. Jesus choca-o quando lhe pede que pergunte ao povo o que ele representa. Ele não manteve nada escondido, nem mesmo algo com o qual poderia negociar com o juiz. Como aquele servo, que esbofeteou Jesus diante de 12 legiões de anjos, estava à beira do inferno. Frustrado, Anás envia Jesus a Caifás.

Acusação impossível. Para a acusação, eram necessárias pelo menos duas testemunhas que contassem a mesma história. Caifás descobre que isso é impossível. Jesus não responde nada. Por fim, pede-se ao prisioneiro que testemunhe contra si próprio. "Tu és o Cristo, o Filho de Deus?" (Ah, bastava ele não responder, e eles o soltariam.) Ouça o silencioso: "Eu sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo com as nuvens do céu".

Os juízes, em vez de rasgarem as vestes, deviam ouvir as testemunhas do réu. "Gostaria de chamar Lázaro", exclama João. "E eu gostaria de chamar o cego", ecoa Pedro. "E eu chamo o servo do sumo sacerdote", grita Nicodemos. Mas não, nem mesmo Jesus faz tal pedido. Ele veio para morrer.

Impossibilidades diante de Pilatos. Pela manhã, Caifás e os seus levam Jesus a Pilatos. "Julgai-o vós" soa como se o governador tivesse levantado muito cedo da cama. Mas eles tem que ter uma cruz romana. As acusações são feitas, e Pilatos recua ao ouvir Jesus falar de seu "reino" e de "verdade". "Eu não acho nele crime algum" é o seu veredito. Seguramente está liberto agora e pode ir. Mas a multidão não quis este resultado. Preferem soltar um ladrão.

Uma vara em lugar de cetro, espinhos em lugar de coroa, um manto para as costas desnudas. Cuspe em seu rosto e golpes em sua cabeça. Depois a apresentação: "Eis o homem". Pilatos está tentando afirmar uma coisa: Este não é um rei. Não se pode ridicularizar e açoitar um rei na própria sede de seu reino, em meio a seus próprios súditos. Este não passa de um homem. Jesus não tem culpa de nenhuma acusação de sedição. Mas os principais dos sacerdotes gritavam: "Crucifica-o, crucifica-o!".
Herodes não tinha ajudado em nada, Pilatos acaba cedendo, lavando as mãos diante do caso. Os judeus gritam: "Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!"

Jesus venceu todas essas impossibilidades, para que pudesse dirigir-se à cruz. Quando vejo as armadilhas do mundo, junto com todo o meu pecado, vejo a impossibilidade de me encontrar de fato no céu. Mas por ele ter subido todo o caminho até o Gólgota e ter passado por tudo aquilo, ir para o céu tornou-se possível para mim. Isso é que é graça. Isso é que é amor.
Não foram os judeus enfurecidos, nem os legionários romanos que levaram Jesus à cruz. Foram os meus pecados.

- por Harold Dowdy